9 de março de 2014

Para se encontrar, é preciso se perder.

Perder a si mesmo é a coisa mais difícil, e mais fácil que se tem pra fazer na vida. A gente não percebe que ta virando alguém diferente, e quando vê, na maior facilidade, já não é mais a mesma coisa. Daí começa a parte difícil: aceitar que não se é mais quem se achava que era. E agora? Como que faz pra aceitar quem a gente é? Não é fácil, não é simples... É mais difícil ainda se achar dentro dessa pessoa diferente, do que aceitar que nos tornamos uma pessoa diferente.

O tempo que leva para nos darmos conta de que nos perdemos de nós mesmo é grande, mas não grande o suficiente para que esqueçamos totalmente quem éramos uma vez. Quando percebemos isso, é preciso uma breve nostalgia para que seja possível começar a fase de recuperação e de libertação do casulo. Que normalmente acontece em três longos estágios.

O primeiro passo é a aceitação: Temos que aceitar que mudamos, e aprender a lidar com essa pessoa nova, com os sonhos e as vontades que essa pessoa que se instalou dentro de nós tem. O segundo passo é o amor. É preciso aprender a amar incondicionalmente essa pessoa, para que a partir de então ela tenha sonhos novos, amores novos e metas novas. O ultimo passo é se encontrar dentro dessa pessoa nova, e fazer com que não seja mais uma pessoa nova, e sim quem nos tornamos.

Então temos nossos sonhos, nossas metas e vontades. Nesse estágio descobrimos que as coisas são possíveis, e aprendemos a lidar com a situação. Começamos a perceber um mundo todo ao nosso redor, e saímos daquele casulo vazio e escuro que estávamos, e percebemos que existe luz e movimento na vida, não só na dos outros, mas na nossa também.

A única coisa capaz de fazer com que tenhamos força de vontade para deixar de lado o casulo que nos tornamos, é o amor. Seja o amor que sentimos por nós mesmos, pela nossa família, pelos amigos, ou o amor que sentimos por nosso companheiro. Talvez todos esses amores combinados. E é nesse momento que percebemos que somos amados, e que  somos capazes de retribuir esse amor apenas de fora do casulo.

Fica muito difícil retribuir amor quando estamos dentro do casulo, pois a visão que temos do mundo fica embaçada pelas duvidas e tristezas que o fato de se perder levam pra dentro de nós. Perder a si mesmo é difícil, é complicado. Mas é necessário para que possamos valorizar a vida do lado de fora.

11 de agosto de 2011

Então você finalmente entende que não é que você o ame e não viva sem ele, é que você se acostumou a ter sempre alguém em mente quando escuta musicas românticas, ou lê uma frase bonita, ou até mesmo a derramar uma lágrima por alguém quando lê um livro romântico, ou vê um filme.. Você se habituou a no fim do dia ter alguém com quem conversar, abraçar e até mesmo beijar.
Você reclama da saudade que não sente mais, de uma ausência que não é mais nada, ou da falta de um sentimento que talvez nem você sinta mais. As coisas são assim mesmo, um dia, você tem amor compaixão, desejo, carinho, admiração, tudo ao mesmo tempo por uma única pessoa, e então, de repente, você percebe que esses sentimentos mudaram de direção, agora você se sente assim por você mesmo. E então, vale a pena acordar e sair de casa, com a roupa mais linda que você tem, usando aquela maquiagem, e deixando a sua auto-estima bater no teto de cada lugar que você entra.
O nome disso é amor próprio, e deve ser aproveitado ao máximo, pois é o mais belo amor, e algumas vezes, o mais difícil de encontrar.

5 de maio de 2011

Sem essa historia de você é o motivo para eu levantar todos os dias, ou você é o motivo de cada sorriso meu. Eu levanto todos os dias por que eu preciso levantar e como consequência disso eu preciso te ver e saber que eu te tenho aqui, eu sorrio ao pensar em ti ou ao te ver por causa do que eu sinto por ti e não apenas pelo fato da sua existência, e por ai vai... Eu tenho plena consciência que a partir do momento que eu não puder mais contar com você, nem souber mais que você estará aqui para me fazer sorrir, eu seguirei sorrindo, e seguirei levantando de manha, por que existem outras mil coisas que me fazem levantar e sorrir; coisas essas que podem me fazer muito mais feliz, já que eu sei que elas sempre estarão lá por mim, como meus amigos, minhas musicas e o principal de tudo: minha força de vontade. Eu sei que por mais amor que eu tenha dentro de mim, por mais mal que eu me sinta com a sua ausência, isso não é tudo; existem muitas outras que me fazem feliz e me completam.

Eu preciso ser superior a sua ausência, e aproveitar cada momento de paz que eu tenho, mesmo sem saber que você estará lá por mim no fim do dia. Preciso manter fixo o pensamento de que muitas coisas melhores me esperam não só no fim do dia, mas no fim de tudo isso. Tudo começa, assim como tudo termina; a vida é tão simples, e nós criamos tantas maneiras de complica-la que nos perdemos no meio dos sentimentos que criamos e sentimos. O medo que devemos sentir é do momento que sempre saberemos o que nos espera no fim do dia, e os exatos motivos que nos farão sorrir. A vida deve ser uma surpresa eterna, em que não sabemos onde procurar, mas sabemos que não importa aonde seja, sempre acharemos motivos para sorrir; devemos temer o momento em que nossa felicidade dependerá exclusivamente da felicidade de outra pessoa, pois esse momento é o mais infeliz e decepcionante de todos; é quando nos damos conta que não somos o suficiente para nós mesmos ao ponto de a nossa felicidade não bastar...