20 de fevereiro de 2009

Traumas

Eu não tenho nenhum trauma de infância muito sério, mas, um 'trauminha' que eu me lembro sempre que eu vou na casa da minha vó maria luiza, nos almoços de domingo, que vai todo mundo, e meu pai brinca com a minha prima do meio, a bibi. Ele brinca com ela, segura ela pelos pés e ela fica de ponta-cabeça, e ela a-do-ra! E eu uma vez, comentei que me parecia que ele brincava mais ela do que comigo, obviamente, eu não comentei reclamando, e sim comentei apenas por comentar, o que pra mim, é quase uma tragédia, sendo que qualquer coisa que eu falo lá, parece que eu falei a maior merda do mundo. Nao por parte deles, mas minha. Que morro de vergonha de tudo que eu fasso lá, da sobremesa que eu come, do que eu como no almoço, do que eu digo, das coisas que eu brinco, parece que tudo que eu falo é um problema. Mas enfim, falando dos meus traumas. Eu comentei, na frente de tias, tios, primas, vó, e pai, que meu pai não brincava comigo, como brinca com a bibi, mas foi apenas um comentário como eu já disse. No mesmo momento, minha vó, meu pai e uma das minhas tias me olharam e comentaram, que ele tentava brincar, mas eu falava 'aaah socorro' , e pedia pra vir pra casa. Talvez, por na minha cabeça, aqui eu estivesse mais segura. Não sei. Hoje a minha opinião quanto a esse 'trauma' é muito bem formada. Meu pai, me querendo com ele, não deveria me arrancar da cama da vovó e do vovô quando eu ia dormir lá. E sim, me tratar duma forma carinhosa e com brincadeiras que eu gostava, pra eu pedir para dormir com ele, pois, eu gostaria dos tipos de brincadeira. Mas como, infelizmente meu pai não é psicólogo, e sim advogado e acho que tudo que ele faz está certo e não tem capacidade de admitir seus erros, ele não mudava, nunca o jeito de me tratar. Eu acho ele até hoje um homem incrível, com muitos amigos, e que tem uma enorme capacidade de ser amado e totalmente respeitado por mim, mas ele insiste em ser assim, e não tenta, quase nunca, não digo nunca por que ele já em raras vezes já tentou, uma aproximação comigo. Ele mora quase do lado da minha casa, e não vem me ver nem me liga.
Credo, falando assim, parece que eu só tenho traumas em relação à família do meu pai. Mas não é viu!
Eu lembro, que quando eu era pequena, minha mãe morou enorme parte do tempo em santa maria, onde estudava. Depois, foi fazer faculdade em Porto alegre, e vinha, todo fim-de-semana pra me ver. No meio de tudo isso, meu vô, foi morar em porto alegre, e ficamos, eu a minha vó aqui, nessa casa gigante, sozinhas, durante a semana, e no fim de semana, meus tios vinham, minha mãe vinha, meu vô vinha, era uma de-li-cia, eu me snetia realizada no fim-de-semana, mas também, só nele. No resto da semana, eu lembro que eu ficava me lembrando das promessas que minha mãe fazia de me dar chicle no proxima fim-se-semana, nas promessas do tio luiz de me ensinar a jogar tenis, e eu me lembrava também, da falta de contato com o tio Alberto. Eu me lembro, que eu queria tanto conversar com ele, que eu escutava atrás da porta, do quarto dele, só por ouvir a voz dele, que coisa dramática. Mas eu lembro, que sempre que o tio Alberto falava comigo, era alguma coisa legal, e se ele prometia que ia fazer alguma coisa comigo, ele de fato fazia, me levava pra passear, pra tomar sorvete, era muito legal. Por outro lado, eu lembro que eu nunca aprendi a jogar tenis, e a única pessoa que me dava chicle era a minha vó, e durante a semana. Minha mãe e meu tio luiz doa 3 irmãos são os mais queridos pra mim, até hoje, acho que pelo fato deles falarem mais comigo. Mas dai, quando eu vou sentir raivinha do tio Alberto por alguma coisa eu me lembro. Ele, era mais querido comigo do que minha mae e meu tio juntos. Eu sei, que quando eu era pequena, minha mãe não tinha idade pra ser mãe, mas hoje, ter uma mãe de 29 anos, com 13 anos, é muito bom, e agora ela não pode dizer que não tem idade, por que ela tem quase 30 anos, e uma mulher com 30 anos, tem idade pra ser mae. Ela, além de minha mãe, é minha amiga. Uma amiga que eu ando com um pé atrás sempre, mas minha amiga. Minha amigona.

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