19 de março de 2009

Tumulto

Me falta tudo, vontade de escrever, de comer, de estudar, de viver, de acordar, de viajar, de brigar, de amar, de beijar, de sorrir, de chorar, de caminhar, vontade de tudo, eu tenho medo desse mundo desconhecido, eu não conheço nada do que está a minha volta, eu não conheço ninguém, não sei nada, não aprendi nada, só sei que o tempo, mostra tudo que a gente deseja saber, isso eu aprendi mesmo, aprendi que não se deixa uma chance, passar, por menos importante que ela seja, sendo uma chance de fazer alguma coisa, a gente não pode perder, não pode perder um trabalho valendo 5 décimos, ou uma ficada que pode durar um tempo.
Aprendi muita coisa, mas o meu problema, é que eu ainda não aprendi a ser melhor. Eu preciso ser melhor, eu preciso ser o alguém de alguém, entende? Eu me sinto tão sozinha.. precisando de um único alguém, sabendo que esse alguém, é o alaguem de outra pessoa.
Falei alguém demais.
São nas tardes, tanto de sol, quanto de chuva, que eu aprendo a analisar a vida com olhos diferentes, com olhos mais inteligentes do que os meus.
Eu fico pensando, o que que as outras pessoas realmente pensando de mim? Não quero saber o que elas dizem pensar, entende?
Eu paro, e penso em tudo que eu já fiz, o que pensam de mim por esses atos?
O que eu penso de mim? Eu sei que eu já fiz muita coisa errada, mas isso, só eu sei. Eu já menti, já amei, já briguei, já gritei, já fiz de tudo. Eu gosto de lembrar disso, mas não gosto de lembrar como eu fiz isso, tipo.. eu gosto de lembrar que eu já vivi muita coisa boa, mas eu não suporto lembrar, que essas coisas boas, foram causadas por muito sofrimento, ou me causaram muito sofrimento anteriormente, ou posteriormente.
Não vejo mais nexo em nada, eu me sinto vazia e transparente... Todo mundo acha que manda em mim, mas ninguém me conhece direito, eu odeio que mandem em mim, ninguém é tão alguém pra ser só mandado por alguém.
Tem gente nesse mundo, que não anda se olhando no espelho, que manda todo mundo se acalmar, que se mete com os alunos dos outros, mas não conhece nada, que não esteja ligado ao verbo, mandar. Eu ando precisando dum chá, dum médico, duma arma, qualquer coisa que acalme aquela criatura sem espelho em casa!
São tantas coisas que eu poderia falar, desabafar, mas é melhor assim, elas me machucam enquanto estão dentro de mim, mas elas machucam apenas a mim, se eu às expor, elas machucaram outras pessoas também.

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