1 de agosto de 2009

...continho

Ela olhou em volta, não viu nada, além do céu nublado naquele sábado triste. O mundo desabava aos poucos em cima dela, e ela podia sentir isso, de uma forma pouco sutil. Cada vez mais sozinha, ela perdia a conta das lágrimas que deixava cair, das coisas que perdia, e dizia, tantas coisas que ela deixava de fazer, que fazia errado.. Ela esquecia os números, ela esquecia as pessoas, suas musicas preferidas, ela esquecia de tudo, só não esquecia dela. Ela não poderia esquecer uma coisa inexistente. Era assim que ela se sentia, inexistente. Esquecida. Ela foi esquecida pelo mundo. Ela sabia, que não deveria ter ido, ela estava exausta de ir. Ela queria pelo menos alguém que quisesse ela bem, ou um lugar que a fizesse sorrir, pelo menos. Ela perdia o ar, ela tratava as pessoas mal, ela não queria se importar com mais ninguém a não ser ela, e acabou se arrependendo, as coisas acabam, ela sabe, mas isso, já se arrastava, ia e voltava, ela não ia se adaptar a isso Tao cedo. Ela tinha que pensar nos outros, ela tinha que saber que ela não era a única pessoa sozinha. Mas que se dane, as pessoas se importam com as outras, mesmo em momentos difíceis, ela se importa. Ninguém se importava com ela, nem ela mesma. Ela via os problemas crescendo dentro dela, ela se sentia cada vez mais confusa. Não, confusa não, ela estava assustada, ela estava com medo, nunca estivera tão sozinha antes. Isso era estranho pra ela. Ela nunca pode dizer que não tem ninguém com tanta certeza..



ps; qualquer semelhança com a realidade, mera coincidência.

2 comentários:

Daiane S. disse...

Ai que lindo *-*'
Às vezes eu me sinto assim, sozinhas, triste, às vezes sou tão egoísta ao ponto de não estar nem ai com as pessoas, bem desse jeito, como o conto retrata.
Beijos :*

Ana Carolina Lima disse...

Ameii, o texto !